
As oportunidades no mundo dos negócios
Gosto de observar como surgem as boas oportunidades no mundo dos negócios: pessoas que compram coisas valiosas por preços módicos; empreendimentos que se tornam grandes investimentos; imóveis e veículos negociados a valores inacreditáveis, às vezes, bons demais para o comprador, outras para o vendedor.
O que move o mundo dos negócios?
Por que uma pessoa venderia barato algo?
Por que alguém pagaria um preço acima do mercado?
Pelo que noto, as necessidades geram as oportunidades. Pessoas que precisam de dinheiro e, por isso, “queimam” bens valiosos; outras que precisam resolver determinada situação e compram a valor acima do mercado. O mundo é assim, frio e cruel. As pessoas estão para fazer negócios.
Talvez você acredite que isso é ser “oportunista” e, por isso, só vá pagar o preço de mercado, que você acha justo. Então, com essa mentalidade, saiba que você não é alguém do business.
A coragem de agir mesmo em tempos incertos
Em Provérbios 20:4, a sabedoria milenar afirma:
“O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega e nada receberá.”
Ou seja, deixar de fazer negócios para evitar as dificuldades e riscos, esperando sempre condições, projetos ou o momento ideal, faz com que se percam as chances que a vida oferece. No mundo dos negócios, precisamos de coragem para semear mesmo nos tempos incertos e confiança para colher no tempo certo.
Não é injustiça, é visão de oportunidade
Não se trata de ser injusto, mas de aproveitar oportunidades. Pagar dez por cento do valor de mercado de algo talvez realmente seja pouco demais, mas pagar metade ou perto disso pode ser considerado uma oportunidade de negócio, pois o outro lado quer o que você, com muito esforço, conquistou — seja seu dinheiro, se ele quer lhe vender algo, ou algum bem, caso ele queira comprar algo seu.
No Código Civil brasileiro, existe um artigo que prevê o chamado Instituto da Lesão, segundo o qual um negócio poderá ser anulado se houver manifesta desproporção e uma das partes tiver agido sob premente necessidade ou inexperiência.
Não existe um número fixo para determinar se houve ou não lesão, mas os tribunais costumam entender que cinquenta por cento é um bom parâmetro (pagar 50% a mais ou a menos por um bem ou serviço, por exemplo); contudo, precisam ser avaliadas as circunstâncias do negócio.
Agora, deixando de lado situações extremas, em nossa sociedade, todos os dias há pessoas precisando vender rápido algo e outras precisando de um determinado bem ou serviço. Nisso surgem as oportunidades.
O senso de oportunidade dos sábios
Salomão, em sua imensa sabedoria, disse:
“O filho sábio ajunta no verão, mas o filho que dorme na sega é filho que envergonha.” (Provérbios 10:5)
Essa passagem indica o senso de oportunidade que caracteriza uma pessoa sábia. Estar atento às “estações” certas faz toda a diferença entre colher bons frutos ou perder boas oportunidades.
O exemplo de Jacó: sabedoria em ação
Vamos aprender com um dos patriarcas do Antigo Testamento: Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão.
Naqueles tempos, ser o filho mais velho significava algo muito importante: benefícios e obrigações relevantes. Recebia porção dobrada da herança, assumia a liderança da família e recebia a bênção patriarcal (com efeitos proféticos espirituais relevantes), mas deveria cuidar da família e protegê-la. Ou seja, era algo valioso.
Isaque tinha dois filhos gêmeos, mas com perfis bastante diferentes:
– Esaú, homem forte, voltado à caça e à aventura, impulsivo, emocional, espontâneo — o preferido do pai.
– Jacó, homem mais pacato, que gostava de ficar na tenda (em casa), astuto, calculista, planejador, paciente — o preferido da mãe.
Em certa ocasião, Esaú voltara do campo e estava exausto de fome. Jacó acabara de preparar um ensopado. Então, Esaú pediu para comer, e Jacó percebeu uma oportunidade: propôs que Esaú vendesse seus direitos de primogenitura (de filho mais velho) em troca do ensopado. Esaú, impulsivamente, aceitou.
Muitos desdobramentos aconteceram a partir desse evento, mas o fato é que Jacó recebeu a bênção patriarcal. Num certo momento, teve um encontro com um anjo, e seu nome foi mudado para Israel — e o restante é história.
A realidade das negociações
Em Provérbios 20:14 está escrito:
“Está muito caro — diz o comprador, mas depois sai e se gaba de ter feito um ótimo negócio.”
Não importa se você acredita que isso é certo ou errado: o fato é que essa é a realidade das negociações. Ambos os lados querem fazer um bom negócio.
Conclusão: esteja atento às oportunidades
Fique atento ao seu redor: sempre há oportunidades. Pode ser alguém que precisa comprar ou contratar um serviço que você pode realizar, ou então alguém precisando vender algo.
Os negócios movem o mundo, geram riquezas.